Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo setor de importados, que pagou até este ano um IPI extra de 30 pontos percentuais, a JAC teve um desempenho excepcional em relação a crescimento de vendas. A marca chinesa vendeu 3.823 unidades no ano, o que representa um aumento de 40,2%, ou seja, muito acima do aumento médio do mercado, que foi de 9,4% (veja balanço).
Para Sérgio Habib, presidente da empresa, o mercado de automóveis encerra 2017 “exibindo franca recuperação” e lembrou que sempre esteve otimista:
“Enquanto os fabricantes falavam em 7% de crescimento, nós, da JAC, sempre defendemos aumento nas vendas na casa dos 10%”. Sérgio destaca que o crescimento é ainda maior se consideramos o período abril-dezembro, “quando o mercado passou a operar num ritmo mais acelerado e não parou mais”. Essa análise o faz acreditar num aumento de vendas em 2018 em torno de 15%.
Para ele, a recuperação de um mercado que vinha caindo consecutivamente desde 2012 ocorreu graças a queda da taxa Selic, que ampliou o volume de negócios: “Prestação mais baixa aumenta venda. É simples”, conclui.
Sergio Habib dá um exemplo da vantagem que o consumidor teve com a redução dos juros: segundo ele, o comprador de um JAC T5 em março de 2017 (cerca de R$ 70 mil), dava 30% de entrada e o saldo em 48 vezes era pago em prestações de R$ 1.477,0. Em dezembro, o valor da prestação para a mesma operação ficou R$ 117 mais barata.
“Há muito represamento de consumo, Há milhares de brasileiros que compraram carros em 2012, 2013 e 2014 que queriam trocar por um zero km em 2017, mas ficavam receosos com o custo do crédito. Eles vão comprar agora”, aposta o dirigente.