– Segundo carro mais vendido, Hyundai HB20 muda o desenho e a versão 1.6 ganha câmbio de seis marchas
Enquanto aguardávamos o início da apresentação do novo HB20, ontem à noite, num hotel em Atibaia, um diretor da Hyundai Motor Brasil falava em conversa com alguns jornalistas sobre as dificuldades que a empresa está enfrentando por causa da crise econômica. Disse que está tendo que improvisar espaço na área da fábrica, em Piracicaba, para colocar os carros produzidos porque os estoques se avolumam e os carros que saem da linha de montagem são estacionados sobre a grama.
Otimistas, os coreanos não planejaram um espaço extra para estacionamento, como os concorrentes. No ano passado, o estoque da fábrica era de dois dias de produção e hoje de “assustadores” nove dias. De fato, aumentou muito, mas ainda é nada diante da media nacional. Segundo a Anfavea, a associação dos fabricantes, o setor tem hoje um estoque de nada menos que 52 dias.
Isso dá uma idéia da boa situação que a empresa vive no Brasil, onde tem o modelo hatch como o segundo mais vendido e o sedã entre os mais vendidos da sua categoria. Nesses três anos de funcionamento da fábrica de Piracicaba, a marca completou meio milhão de unidades produzidas e pra reforçar esse desempenho, acaba de lançar o novo modelo do HB20, já linha 2016, com frente nova, mudanças em outras partes do carro, aumento dos itens de conforto e a introdução do câmbio de seis machas (mecânico e automático) na versão 1.6.
O câmbio novo proporcionou uma redução de consumo de 6,5%, segundo a fábrica, mas foi a versão 1.0 que ficou mais cara: o preço do 1.0 Confort subiu R$ 400,00 e o 1.0 Confort Plus R$ 730,00.
Entre s novos equipamentos, o HB20 tem a disposição ar-condicionado digital automático, rebatimento automático dos retrovisores, airbags laterais e bancos de couro (e outros detalhes) de couro marrom na versão topo de linha.
No primeiro ano completo de vendas do HB20 a Hyundai obteve 4,4% do mercado, cresceu para 5,4% em 2014 e neste ano deve chegar a 6,3%. Nada mal aumentar quase um ponto percentual de participação num momento em que a maioria das marcas perde participação e as vendas caem mais de 20% em relação ao ano passado. Somadas as vendas com a CAOA, responsável pelos carros importados e pela produção em Anápolis, a marca já é a quinta mais vendida, ou a primeira colocada entre as novas, atrás apenas das quatro tradicionais.