Em nove anos, emissões de CNH Classe A para mulheres aumenta 95,7%. Entre as idosas, aumento é de 500%

 A moto vem ganhando espaço no mercado e se tornou um forte instrumento de trabalho e fonte de renda para inúmeras pessoas na pandemia do novo coronavírus.

Dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) analisados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas) mostram um aumento expressivo no número de mulheres que tiram habilitação de moto no País.

Até novembro do ano passado havia 7.833.121 mulheres habilitadas na categoria A (apenas para pilotar moto), um aumento de 95,7% comparado com 2011, quando elas somavam 4.002.094. De 2017 para cá, mais de 985 mil mulheres obtiveram a licença para pilotar motos.

O aumento mais expressivo de mulheres com carteira de habilitação na categoria A está na faixa acima de 60 anos. Em 2011, elas eram 23.646 e em novembro do ano passado passaram a 147.460, o que representa uma alta de 523,6%.

O segundo maior crescimento foi na faixa entre 51 a 60 anos. Em 2011, havia 148.891 mulheres habilitadas a pilotar uma moto e até novembro de 2020 elas somavam 609.791, o que corresponde a uma elevação de 309,6%.

A faixa etária de 26 a 30 anos, registrou um aumento de 50,4% no número de habilitações nos últimos nove anos.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que as empresas estão atentas a esse movimento:

“É um público exigente. Por isso, o mercado precisa estar atento às suas necessidades. Hoje vemos um número crescente de mulheres que têm nas motocicletas sua fonte de renda, especialmente no cenário atual, em que os serviços de delivery passaram a ter grande papel social o que, consequentemente, deu às motocicletas mais protagonismo nas ruas”, disse.