Vendas crescem 45,8% no mês; no acumulado do ano, aumento é de 110%

O anúncio do aumento do imposto de importação a partir de janeiro provocou uma corrida às revendas e o resultado foi um aumento expressivo de licenciamentos no último mês do ano. Foram vendidas 5.508 unidades importadas, aumento de 45,8% sobre novembro e de 282,4% em relação a dezembro de 2022.

Somadas as vendas dos importados e dos carros de produção nacional das marcas filiadas à Abeifa, a associação dos fabricantes e importadores, o aumento no ano foi de 110,2%, com 43.428 unidades comercializadas.

“Os números mostram a reação dos consumidores brasileiros, ao antecipar as compras de veículos híbridos e elétricos, cuja incidência de imposto de importação passou a valer a partir da última terça-feira, 2 de janeiro. Na realidade, o início desse movimento se deu na sequência ao anúncio da volta do imposto aos elétricos e aumento aos híbridos, em 10 de novembro, com alíquotas escalonadas até julho de 2026, quando chegarão ao limite de 35%”, disse João Oliveira, presidente da Abeifa.

Para a Abeifa a proposição de aplicação imediata (janeiro de 2024) da nova política de alíquota do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos, ainda que faseada até julho de 2026, até 35%, é por demais punitiva ao nosso setor, em especial quando as nossas associadas já estruturaram seu planejamento estratégico/comercial para o próximo ano, além de ter produção em andamento em suas matrizes, unidades em trânsito por via marítima e até compromissos já firmados com as redes autorizadas de concessionárias para os primeiros meses do ano vindouro.
Algumas empresas já anteciparam que não repassarão a incidência das novas alíquotas do imposto de importação; outras vão repassar parcialmente.

“A entidade mantém seu compromisso de atuar fortemente no processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país, bases da inovação, da sustentabilidade e do fortalecimento do mercado interno, com geração de emprego e de renda, propostas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços”, disse o dirigente.