Volume chega a 663 mil unidades até maio; no ano vai passar de um milhão
Restaurantes, cabeleireiros, casas de eventos e festas. Esses são alguns dos setores que perderam espaço na pandemia. Muitos desses comércios estão há mais ano e meio parados.
A vida da gente mudou. A necessidade de isolamento provocou mudanças de hábitos.
Mas enquanto alguns setores descambaram, outros tomaram vigor.
Eu estou vendo aqui o desempenho das vendas de motocicletas no Brasil e notei que houve um crescimento expressivo. E a razão está diretamente ligada à pandemia.
Sem poder ir a restaurantes e evitando até mesmo a visita a supermercados, feiras e armazéns, muita gente passou a pedir comida pronta, pra entrega em domicílio.
E quem é que fez esse serviço? O motoqueiro.
Houve uma intensa procura por motos, principalmente de baixa cilindrada, motos pequenas, ágeis no trânsito, veículo ideal para a entrega de comida e mercadoria em geral.
Só em maio forma licenciadas 110 mil unidades
E nos cinco primeiro meses foram 463 mil, 47% a mais do que janeiro a maio do ano passado.
Nesse ritmo o setor vede passar de um milhão de motos em 2021.
“No momento, as fábricas mostram uma curva de recuperação. No entanto, estamos apreensivos em relação ao ritmo do avanço da pandemia nos próximos meses”, avalia. “É preciso acelerar o programa de vacinação para trazer tranquilidade na gestão das nossas fábricas”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
O executivo destaca que os estoques estão esgotados e que a fila de espera nas concessionárias pode chegar a 45 dias para os modelos mais procurados.