O uso do aditivo Arla 32, e também a qualidade do produto, são essenciais para garantir a eficiência dos motores a diesel e a redução de emissões na frota de caminhões. Mas o que ocorre é uma ampla adulteração desse insumo, chamado agente de ureia, o que tem se tornado um problema sério, colocando em risco a operação dos caminhões, elevando custos de manutenção, e, mais ainda, comprometendo a sustentabilidade ambiental, um problema que atinge a todos.

A adulteração ocorre, principalmente, pela substituição da ureia automotiva de alta pureza pela ureia fertilizante, uma prática que pode parecer economicamente vantajosa, mas que gera consequências graves. Quem faz o alerta é o Everton Minatti, gerente de Operações da Usiquímica, empresa que produz o Arla 32 no Brasil.

“A ureia fertilizante contém aditivos como formaldeído, que, ao serem injetados no sistema SCR dos veículos a diesel, danificam catalisadores e comprometem a eficiência do pós-tratamento de emissões. Isso resulta em falhas mecânicas recorrentes, aumento do consumo de combustível e emissões excessivas de NOx, com impactos diretos na qualidade do ar e na saúde”, disse o executivo.

Ele lembra que o Brasil segue padrões rigorosos de emissões e que o uso correto do Arla 32 permite uma significativa redução de emissões:

No motor Euro V – Redução de até 80% das emissões de NOx, com consumo de 3% a 4% de Arla 32 em relação ao diesel.
No motor Euro VI – Redução de até 90% das emissões de NOx, com consumo podendo chegar a 7% sobre o diesel.
No motor Euro VII (em desenvolvimento) – Eficiência projetada para eliminar até 98% dos gases poluentes.