-Previsão é de 1,675 milhão de veículos no ano (foram 2,788 milhões em 2019)
– Em maio foram produzidos apenas 43 mil veículos e as exportações forma um desastre
Em tom pessimista, o presidente da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, Luiz Carlos Moraes, anunciou nesta sexta-feira (5/6/20) o balanço de vendas de maio e com ele uma previsão bastante negativa para este ano. No ritmo de retração registrado após o início da quarentena por causa da pandemia do coronavírus, a tendência é de que as montadoras deixem de vender um milhão de veículos em 2020.
Depois de três meses de queda drástica, a expectativa é de que junho inicie uma leve recuperação, graças a abertura parcial das concessionárias e o retorno da produção de carros de passeio, ainda de forma embrionária, no decorrer do mês de junho. Ainda assim, a estimativa é de fechar o ano com apenas 1,675 milhão de unidades, contra 2,788 milhões no ano passado.
A produção em maio foi de 43 mil veículos, queda de 84% sobre maio do ano passado. Esse número é resultado do retorno das fábricas de caminhões, todas elas retomando a produção em maio. Algumas fábricas de automóveis votaram a produzir, mas em ritmo lento, e outras devem retomar no decorrer deste mês.
No acumulado do ano a queda é de 49% sobre o período janeiro-maio de 2019: foram produzidos apenas 631 mil veículos automotores nos cinco primeiros meses de 2020.
Conforme antecipamos no primeiro dia de junho, as vendas de maio foram melhores que os de abril, o que não chega a configurar uma boa notícia, pois na comparação com o mesmo mês de 2019, houve queda de 84,4% (43,1 mil unidades produzidas).
EXPORTAÇÕES
Se produção e vendas estão baixas, as exportações chegam ao fundo o poço. Houve uma queda de 91% no m}ês, com apenas 3,9 mil carros vendidos para outros países. É o pior maio desde 1978,m ou seja, dos últimos 42 anos! E é o pior acumulado (janeiro a maio) dos últimos 10 anos (2002).
A expectativa é de vender apenas 380 mil carros para o exterior este ano, uma vez que a crise afeta diretamente os principais compradores do Brasil: Argentina, Chile, Colômbia e Peru.