Dirigente prevê que em cinco anos o carro elétrico terá um preço semelhante ao carro a combustão
Várias marcas estão fazendo investimentos em infra-estrutura urbana para o carregamento de veículos híbridos e elétricos, fazendo alinhamento entre elas com o objetivo de gerar mais locais para atender o consumidor.
A informação é do presidente da Abeifa, associação de importadores e fabricantes – João Oliveira – que reúne muitas marcas pioneiras na mobilidade elétrica.
O dirigente acredita que o setor precisa ter uma rede de concessionárias forte para atender o consumidor e investir em treinamento e capacitação da rede para melhor instruir o consumidor, com técnicos preparados com conhecimento profundo desse tipo de veículo.
Sobre o preço dos elétricos, ainda muito alto, o presidente da Abeifa disse que o custo vem caindo de forma importante nos últimos anos, com as baterias aumentando a capacidade de carga com menor custo.
“40% do custo do carro elétrico é do motor, mas acredito que dentro de uns cinco ou seis anos vai haver um equilíbrio de custo global dos veículos a combustão x elétricos”, acredita o dirigente.
João Oliveira apresentou nesta terça-feira (5/10/21) o balanço das vendas de importados, que revelou queda de 14,5% nas vendas sobre agosto, com apenas 1.871 carros licenciados. Esses números, no entanto, são referentes apenas às marcas filiadas à Abeifa, não incluem as importações feitas pelas montadoras filiadas à Anfavea, a associação dos fabricantes.
No acumulado do ano somam-se 19.795 unidades este ano, praticamente o mesmo volume registrado no período janeiro-setembro do ano passado, 19.857.
A Abeifa reúne também fabricantes locais, que em setembro produziram 4.278 unidades, resultado também menor (-11,1%) que em agosto. No acumulado houve alta de 71%, com 35.241 unidades licenciadas, contra 20.585 unidades dos primeiros nove meses de 2020.
“Tanto na importação como na produção nacional, as nossas associadas não conseguiram atender à demanda potencial, por causa da falta de produtos em consequência do abastecimento instável de semicondutores. Infelizmente essa situação deve perdurar pelos próximos meses”, disse João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.