Depois de uma visita aos 500 carros expostos, aos 150 lançamentos e às novas tecnologias no Salão do Automóvel, que abriu nesta quinta-feira ao público, é possível concluir que o foco da indústria brasileira mudou radicalmente em relação aos anos anteriores.
Vamos a alguns números que explicam essa transformação:
– São 13 utilitários esportivos novos, a maioria na cola do sucesso do HRV e do Renegade. Quer dizer: carros que partem de R$ 60 mil o mais simplesinho
– Dezenas de lançamentos de carros grande e luxuosos
– Tecnologias caríssimas, como a do carro elétrico e do carro à célula de combustível. Inviável para a maioria dos mortais
– Protótipos, os carrões esportivos. Legal. O Salão é lugar pra ver as paixões sobre rodas.
Mas aquele consumidor do carro de entrada, do hatch de R$ 30 mil, do sedã de R$ 40. Esse sai do Salão completamente frustrado. Não tem nenhum lançamento. Zero.
Um motor novo pro Mobi, de 3 cilindros, é a única novidade.
A crise, como sempre, atingiu com mais furor a base da pirâmide.
As fábricas se voltaram para as camadas com maior poder aquisitivo.
Sobrou para os menos favorecidos assistir o espetáculo e aplaudir