O protesto que nasceu no Brasil em 2014 repetiu-se este ano no Salão do Automóvel, com 150 sindicalistas demonstrando indignação contra as práticas antissindicais que vigoram na fábrica da Nissan no Mississipi, nos EUA, onde os trabalhadores são desrespeitados nos seus direitos e impedidos de se filiarem ao sindicado, conforme os dirigentes do UAW, o sindicato dos metalúrgicos dos Estados Unidos. Os manifestantes aproveitaram a oportunidade e protestaram contra a eleição de Donald Trump para presidente dos EUA.
De camisetas pretas, os sindicalistas brasileiros vinculados às três maiores centrais sindicais brasileiras – CUT, UGT e Força Sindical – fizeram um protesto relâmpago no estande da Nissan em solidariedade aos trabalhadores DE Mississipi.
Segundo os dirigentes, a Nissan, no Mississipi, intimida os trabalhadores com ameaças de fechamento da fábrica sempre que o assunto da organização dos empregados em um sindicato surge.
Outro receio dos sindicalistas brasileiros é que o modelo americano acabe sendo trazido para o Brasil. Paulo Cayres, Presidente Confederação Nacional dos Metalúrgicos CNM/CUT, diz que atos como o do Salão do Automóvel mostram que os trabalhadores podem se unir em torno de diversas lutas.