Com carregadores antigos e filas, modelo de carregamento gratuito para carros elétricos precisa ser superado no Brasil
Ricardo David, da Elev, empresa voltada à eletromobilidade, avalia que o carregamento elétrico gratuito é um dos entraves para o desenvolvimento tecnológico dos carregadores disponíveis no mercado brasileiro. Para ele, são necessários estudos sérios para o entendimento do sistema de carregamento como um todo, além da criação de um plano nacional para a eletrificação.
“O sistema de carregamento gratuito é temporário e usa tecnologia antiga, e poderá estar com seus dias contados quando o setor avançar”, disse o executivo. Eles são viáveis apenas em períodos iniciais de transição, quando o mercado de carros elétricos ainda é incipiente. Os carregadores gratuitos podem não oferecer a mesma velocidade e capacidade de carregamento dos carregadores pagos”, disse o executivo.
Para ele, uma solução viável é investir num carregador doméstico, onde o custo obviamente é maior do que o abastecimento gratuito, mas o consumidor tem maior controle do carregamento.
Ele explica que os carregadores pagos são mais avançados e têm capacidade de carregamento rápido, oferecendo mais comodidade aos proprietários de veículos elétricos. No entanto, o investimento em carregadores pagos requer uma infraestrutura mais robusta e ampla, o que tem sido um desafio no Brasil. Atualmente, o governo brasileiro, liderado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, tem mostrado interesse em investir no setor, mas ainda há inúmeros desafios, como a falta de um padrão para o plug de recarga.