A BYD iniciou as operações na fábrica de Camaçari, na Bahia, com a montagem do Dolphin Mini. O carro vem pronto da China, pelo sistema SKD.
SKD, ou Semi Knocked-Down (semi desmontado) é um sistema de produção onde o veículo chega parcialmente montado e é finalizado no local. Mas essa “finalização”, no caso do BYD Dolphin Míni, não inclui nenhum componente feito no Brasil.
A vantagem do sistema SKD, para a empresa, é que ela tem redução da carga tributária (alíquota de impostos menores que os importados) e benefícios fiscais.
O Dolphin Míni é o elétrico puro mais vendido no Brasil, chegando a 34 mil unidades licenciadas.
A fábrica da Bahia foi comprada da Ford e reformada para receber os carros chineses e depois de 15 meses a BYD entrega o primeiro veículo em caráter experimental. A empresa promete iniciar a montagem, também pelo sistema SKD, de outros dois modelos: o híbrido Song Pro e o King.
“Ver a marca como líder de mercado de veículos elétricos e a expansão de nossa rede de concessionárias é a prova de que estamos no caminho certo e com estratégias sólidas no longo prazo”, disse Tyler Li, presidente da BYD no Brasil.
A empresa anunciou investimento de R$ 5,5 bilhões na fábrica de Camaçari, que inclui o desenvolvimento de um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i. A fábrica ocupa uma área de 4,6 milhões de metros quadrados e tem potencial para uma produção anual de 150 mil veículos, podendo chegar a 300 mil. A empresa informas que o sistema SKD é a operação inicial e promete produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem, pintura e aumento do conteúdo local -, mas sem revelar para quando.
A unidade emprega hoje 1.000 funcionários e foi anunciada a abertura de mais 3.000 vagas, que deverão ser preenchidas até o fim do ano.