Não foi só o medo da violência que ampliou expressivamente o volume de carros blindados no Brasil. Conforme a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) o setor registrou um aumento de 11,5% nas blindagens este ano, com 22.425 veículos. Mas o presidente da entidade, Marcelo Silva, credita essa expansão também ao avanço tecnológico da indústria.“A indústria brasileira de blindagem, referência mundial, inova com produtos e materiais que tornam a proteção mais acessível, proporcionando mais segurança ao consumidor e a diversificando a própria cultura de segurança. Tudo isso contribuiu para o crescimento do setor”, disse o dirigente.

Estima-se que a frota total seja hoje de 425 mil veículos.

O estado de São Paulo foi o que registrou o maior número de blindagens, com 18.898 veículos, seguido do Rio de Janeiro, com 1.767, e do Ceará, com 641.

A blindagem nível III-A, que suporta tiros de pistolas e revólveres, é a mais utilizada. Porém, houve um crescimento na procura pelo nível III no estado do Rio de Janeiro, uma vez que ele oferece proteção contra disparos de fuzil. O nível III possui maior controle do Exército Brasileiro por ser considerado um produto controlado.