GWM aposta no híbrido carregável na rede elétrica e vai produzir a tecnologia no Brasil

Ricardo Bastos, diretor da GWM e presidente da ABVE
O híbrido plug-in – que tem um motor a combustão e um elétrico alimentado diretamente na tomada de força – pode ser a melhor alternativa nesses tempos de implantação do carro eletrificado. É intermediário entre o elétrico puro e o híbrido comum. A vantagem é que o carro pode rodar apenas usando energia elétrica, com autonomia bem limitada e, em caso de precisar mais autonomia, o motorista pode usar o combustível convencional, gasolina ou etanol.
Mas o plug-in oferece outra vantagem: menor custo de produção. Ricardo Bastos, diretor da GWM e presidente da ABVE, associação brasileira de Veículos Elétricos, disse que essa tecnologia é o equilíbrio entre preço e consumo, e que o custo de produção é bem menor do que o de um elétrico puro, que precisa uma bateria mais robusta.
“Apostamos no plug-in nesse momento em que o Brasil ainda não conta com uma boa infraestrutura de abastecimento”, disse o dirigente, ao apresentar a linha 2025 do Haval H6 Plug-in, ainda importado da China, mas que será produzido no Brasil ainda este ano e que chega ao mercado em meados do primeiro semestre de 2025. Ele tem autonomia que vai de 74 a 115 quilômetros (conforme a medição) apenas com o modo elétrico, mais um tanque de combustível líquido.
Ricardo Bastos disse que a GWM – assim como todo o setor – estava no aguardo da Programa Mover, que incentiva a produção de veículos com tecnologia limpa, aprovado na semana passada. Mas que agora os projetos vão andar mais rápido:
“Temos um plano forte para o Brasil; vamos gerar empregos na fábrica em Iracemápolis e na cadeia de fornecedores”.