“O Brasil é o único país que tem uma verdadeira alternativa ao petróleo” definiu na sexta-feira (1) o CEO da FCA, Sérgio Marchionne, durante o Capital Markets Day 2018, que a empresa realiza em Balocco, na Itália, quando revelou os planos das oito marcas que representa (Fiat, Jeep, Dodge, Chrysler, Maserati, Alfa Romeo, RAM e Lancia) para os próximos cinco anos.
Falando sobre a necessidade da redução de emissões, Marchionne elogiou a posição destacada no Brasil com o uso do etanol e anunciou o fim do uso do motor a diesel em carros de passeio em todas as marcas da FCA até 2021.
Anunciou que vai continuar incentivando o aperfeiçoamento do motor à combustão de última geração que poluirá menos com o uso do etanol. Prometeu também reforçar a posição da FCA como líder do mercado de picapes, prometendo o lançamento de uma picape média da RAM no Brasil. Anunciou também a produção no Brasil de um utilitário esportivo de sete lugares, provavelmente derivado do Compass, com motor híbrido.
Richard Palmer, chefe da área de finanças da FCA, reforçou a importância do Brasil na companhia, revelando que depois de anos em queda, o mercado iniciou recuperação em 2017 e que no primeiro trimestre de 2018 a empresa recuperou a margem em 3,9%. Mostrou confiança que a região da América Latina continue a recuperação e volte a ter margem acima de dois dígitos. Informou que a operação na fábrica de Pernambuco se mantém rentável e que a expectativa é de um aumento de 60% até 2022, reforçou as palavras do chefe Marchionne, dizendo que as buscas pelas reduções das emissões no Brasil se limita ao uso do etanol, ao contrário da Europa, onde a empresa vai usar o carro elétrico e eliminar o diesel em carros de passeio para atender as leis de emissões.
Palmer encerrou a apresentação dissecando o investimento da companhia para o próximo qüinqüênio. Do total de 45 bilhões de euros, 30% serão destinados ao lançamento de novos produtos e reestilizações dos atuais (19 no total), 20% para o projeto de eletrificação dos carros, outros 20% para incremento de novos segmentos do mercado, 15% na produção de motores e outros 15% na modernização das fábricas e na infra estrutura da empresa em todo o mundo.