Tá decidido: a gasolina brasileira passará a ter 30% de álcool adicionado, aumentando em 3 pontos percentuais a adição do combustível de cana de açúcar.

A medida, aprovada pela Petrobras, mas ainda sem data de ser implantada, tem por objetivo valorizar o combustível nacional, atendendo os produtores de cana de açúcar, e reduzir as emissões de poluentes.

O relatório do uso de 30% do etanol anidro na gasolina em veículos leves e em motocicletas foi elaborado pelo Instituto Mauá de Tecnologia, que confirmou a sua viabilidade técnica e ambiental e divulgado pelo Ministério de Minas e Energia na semana passada.

“O relatório confirma que podemos avançar na ampliação do uso do etanol na nossa matriz de combustíveis sem prejuízos para os consumidores. Isso fortalece o compromisso do Brasil com os biocombustíveis e com a nossa liderança global na transição energética”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Segundo os testes conduzidos pelo IMT, a mudança não causa impactos negativos relevantes em desempenho, dirigibilidade, consumo ou emissões. Mas a indústria de componentes está preocupada e garante que a nova mistura pode comprometer peças e componentes dos carros que usam apenas gasolina, o que não deve ocorrer nos carros flex.

Foram analisados 16 modelos de veículos leves e 13 motocicletas e o resultado é que não houve alterações significativas nas emissões de poluentes ou na autonomia dos veículos, exceto pequenas variações estatísticas. Segundo o estudo, a adoção da gasolina E30 pode ser realizada sem prejuízos aos consumidores e em conformidade com as exigências ambientais.