Inauguração da fábrica em Iracemápolis contou com a presença do presidente Lula e do Embaixador da China

Com a presença do presidente da República do Brasil, Luiz Ignacio Lula da Silva, a montadora chinesa inaugurou na sexta-feira (15/8/25) a sua fábrica no Brasil, na cidade de Iracemápolis, interior paulista.

A fábrica começa a produzir o híbrido plug-in Haval H6, o modelo da marca, mas vendido no Brasil, até então importado. Em seguida serão fabricados o Haval 9, um SUV grande para sete pessoas, e a picape Poer, com motor diesel.

O presidente global da GWM, Wei Jianjun, saudou o início da produção, destacando que o Brasil é o sexto maior mercado do mundo e tem solida capacidade industrial, o que garante boas perspectivas de produção e vendas. No primeiro ano no Brasil, em 2024, a GWM vendeu 24 mil unidades e fechou o primeiro semestre de 2025 com 16 mil carros emplacados.

A fábrica brasileira é a terceira da empresa fora da China, que enxerga o País como ponta de lança para os dois maiores mercados da região, fora o Brasil: México e Argentina.

O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, exaltou a parceria China-Brasil – “As duas maiores nações em desenvolvimento: ao Leste e a Oeste” – e enalteceu a parceria entre os países do hemisfério Sul: “O Sul Global cresce em defesa da paz mundial, em busca de um mundo justo e um planeta mais sustentável”

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, parabenizou a GWM, que começa a produção com 700 funcionários no regime CLT e vai passar de mil até o fim do ano. Criticou a pejotizacão: “Vamos incentivar o empreendedorismo, mas não falar que é empreendedor o jovem que pelada sua bicicleta oito horas por dia pra leva ero sustento pra casa”.

Geraldo Alkmin, vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, destacou a importância da chegada de novas montadoras ao Brasil. “O Brasil está vivendo um período de grandes investimentos; são sete novas montadoras, que receberam do governo Lula”.

Lula foi o último a falar, saudou os chineses e lembrou que, quando deixou a presidência da República em 2010, a indústria produzia 3.2 milhões de carros. “Quando voltei, a indústria vendia 1,6 milhão. Precisamos retomar o crescimento industrial”

“Para um país trazer investimento é preciso oferecer uma coisa simples: estabilidade política, o que garante a estabilidade econômica e fiscal. Hoje vivemos turbulência desnecessária”, disse Lula, lembrando que o presidente dos EUA taxou o Brasil em 50% com o argumento de que o país era deficitário da balança comercial. “Fiquei estarrecido. Na verdade, em 15 anos o superávit comercial dos EUA em relação ao Brasil foi de 410 bilhões de dólares”. Repetiu: 400 BILHÕES DE DÓLARES.

O presidente saudou o comércio, de 160 bilhões de dólares, o maior parceiro comercias do Brasil.

“Criamos o BRICs porque éramos tratados como países do Terceiro Mundo. Queremos ser respeitados. Representamos metade da humanidade e 1/3 da economia mundial”