Hernander Zola, novo presidente da Stellantis, diz que as empresas precisam se adaptar para atender a demanda

Na sua primeira mensagem como presidente da Stellantis América do Sul, nesta segunda-feira (3/11/25) – cargo ocupado pela primeira vez por um brasileiro -, Herlander Zola falou do momento que o setor vive, no Brasil e no mundo, em relação à mudança do comportamento do consumidor.
Destacou a transformação da indústria automotiva e a necessidade de enfrentar os desafios, que define em três aspectos: sustentabilidade, mobilidade e tecnologia.
“Não imaginávamos que a velocidade das mudanças do consumidor fosse tão rápida; é preciso que as empresas se adaptem para atender a demanda”.
A Stellantis tem 23% do mercado na América do Sul (36% entre os comerciais leves) e como o objetivo da empresa é continuar conquistando espaço no mercado, a tarefa é conhecer as necessidades do cliente e “produzir o que vende e não vender o que produz”, sentenciou Zola, o que, segundo o dirigente, é muito mais eficaz do ponto de vista econômico.
“O consumidor busca cada vez mais conveniência, tecnologia, eficiência no consumo de combustível, ou seja, ele busca mais, por menos, essa é a essência dessa mudança de comportamento. Isso porque os carros estão entregando cada vez mais. É esse o nosso desafio: buscar soluções que podem trazer cada vez mais essa necessidade, trabalhando com novas tecnologias, especialmente a eletrificação, buscando eficiência do consumo e nível de emissões, buscando conteúdos que tragam tecnologia, segurança e conveniência”.
A chegada da Leapmotors, marca chinesa que se associou ao grupo Stellantis, tem papel relevante nessa empreitada. Busca atender esse novo consumidor e agregar a tecnologia. A Leapmortor traz um novo sistema híbrido, o REEV (Range-Extended Electric Vehicle), que usa um motor à combustão como extensor de autonomia: o motor a combustão gera eletricidade e o carro roda com motor elétrico. A tecnologia estão presentes nos dois primeiros modelos a serem vendidos no Brasil o B10 e o C10.
Zola lembrou que as marcas chinesas tinham participação de apenas 1% das vem das até o ano passado. Hoje já é 9%. Como o mercado não apresentou crescimento nessa ordem, alguém perdeu. O dirigente destacou que a Stellantis manteve a participação, o que mostra que a eficiência da estratégia da empresa no Brasil.
Com a expansão das marcas chinesas, a ordem é mesmo buscar eficiência e lutar para não perder, pois o próprio Zola não acredita em crescimento expressivo do mercado brasileiro nos próximos anos. Prevê crescimento de, no máximo, 4% este ano e de 2% e 3% no ano que vem. E a longo prazo aposta no crescimento expressivo da eletrificação?
“Em cinco anos, o mercado brasileiro vai vender mais veículos eletrificados do que a combustão”, finalizou.










