Anfavea quer protecionismo; importadores querem previsibilidade e direito ao acesso de tecnologia de ponta

Atendendo os fabricantes de veículos, o governo passou a taxar os carros eletrificados a partir janeiro deste ano, inicialmente 12% para híbrido e plug-in e 10% para elétrico puro, aumentando o percentual até chegar ao limite de 35% em julgo de 2026. Não contente com essa taxação, o presidente da Anfavea, Marcio Lima Leite, quer que os eletrificados paguem os 35% o quanto antes. Ele informou que os fabricantes mantêm negociações com o governo para a antecipação da aplicação da taxa máxima.
Os importadores de veículos, que seriam os atingidos pela eventual antecipação da taxação, reagiram ao pronunciamento de Marcio Lima Leite através da sua associação, a Abeifa, reclamando previsibilidade nas políticas industriais do setor automotivo brasileiro, “sobretudo em respeito aos consumidores, que têm direito ao acesso e a escolha por tecnologias de ponta”. A entidade lembra que incidência de novas alíquotas de 18% (carros elétricos), de 24% (híbridos plug-in) e 25% (híbridos) já passará a vigorar dentro de alguns dias, a partir do próximo dia 1º de julho.
A Abeifa argumenta que as chamadas políticas protecionistas não trazem benefícios ao Brasil, ressaltando que nos anos 1990, não fossem a abertura do mercado interno para veículos importados, o País não teria o parque industrial de hoje com algumas dezenas de fabricantes.
“Medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são ineficazes. A médio e longo prazos, são prejudiciais a toda a cadeia automotiva, mas em especial ao Brasil”, diz o comunicado da associação.
| Propulsão: | Híbrido (HEV) | Plug-in (PHEV) | Elétrico (BEV) |
| Hoje | 12% | 12% | 10% |
| jul/24 | 25% | 20% | 18% |
| jul/25 | 30% | 28% | 25% |
| jul/26 | 35% | 35% | 35% |









