O nome é sonoro “Free Flow”, que significa fluxo livre e chega para, segundo os especialistas em tráfego, facilitar a vida dos motoristas, já que quando instalado, ninguém vai ter que parar para pagar ou diminuir a velocidade (hoje não superior a 40 km/h), ao passar pela cabine da praça de pedágio.

Colocadas ao menos oito metros acima da pista, livre dos ataques de caminhões, que muitas vezes ficam entalados em viadutos, o sistema registra a passagem do veículo e cria um débito para o seu proprietário, que deverá fazer contato com a concessionária da rodovia, pedir um boleto e fazer o pagamento.

Livre dessa burocracia estará quem tem os “tags” de sem parar, de qualquer empresa. Mas, quem não tem, terá que ficar anotando por onde passou, para poder cobrar da concessionária o documento para realizar o pagamento.

Imagine o motorista que tiver que fazer uma viagem, por alguns dias passando por rodovias administradas pela CCR Auto Ban, que cuida do sistema Anhanguera-Bandeirantes (SP); pela CCR Nova Dutra/CCR Rio-SP, que cuida da BR 116,a Via Dutra; ou ainda pela Via Anchieta ou Imigrantes, sob a responsabilidade da Ecovias, que também administra a rodovia Cônego Domênico Rangoni e a Padre Manoel da Nóbrega. Ele ainda pode pegar a rodovia Castelo Branco e Raposo Tavares, sob a responsabilidade da Via Oeste. Se esse motorista não tiver um “tag” de livre passagem pelo pedágio, que cobra mensalidade e até taxa de pouco uso, vai ter que criar um sistema para registrar suas andanças pelas nossas estradas.

Como funciona

Elas eliminam as cancelas e cabines tradicionais de cobrança, não deixando opção para o motorista, que será obrigado a buscar uma solução para fazer o pagamento, se não tiver o “tag” e rodar por muitas estradas durante o mês. O free flow possui câmeras e sensores colocados em pórticos ao longo das rodovias, que registram a passagem dos veículos.

E quem tem o “teg”, paga na sua conta habitual e, quem não tem, terá prazo de 30 dias para fazer o pagamento, ou pagará multa e terá pontos na sua CNH, como infração grave. E, para pagar, basta informar a placa do veículo. Se esquecer de uma passagem pelo “free flow”, vai se dar mal.