Aos 65 anos, o Salão do Automóvel renasce, depois de afastado de seu público por sete anos. E volta, entre 22 e 30 de novembro, em grande estilo e muitas novidades, para ao seu lar, onde viveu por 44 anos, entre 1970 e 2014, o pavilhão que agora virou Distrito Anhembi, totalmente novo e, principalmente com ar-condicionado, que era a grande queixa dos frequentadores de feiras no antigo local de exposições do Anhembi.

Tudo começou em 1960, no Pavilhão da Indústria e Comércio, hoje Pavilhão da Bienal, com a participação de 12 fábricas: Willys Orverland, que lançou o sedã Aero-Willys; DKW-Vemag, General Motors do Brasil, Ford, FMN – Fábrica Nacional de Motores, Simca, Volkswagen, que apresentou o Karmann-Ghia; Toyota, Romi-Iseta e International Hervester.

Lançamentos como o da Willys Overland do Brasil aconteceram ao longo da história do Salão, como o MP Lafer, réplica do esportivo inglês que fez grande sucesso de público. Muitos outros modelos surgiram no Anhembi que atraiam milhares de visitantes.

Caio de Alcântara Machado, publicitário, foi o criador do Salão que durante anos disputou, em relação ao número de visitantes, com a UD –  Feira de Utilidades Domésticas -, que apresentava as mais modernas geladeiras, os mais elegantes fogões, as melhores TVs e equipamentos de som, além de liquidificadores e outros apetrechos do lar.

E ele criou também a Fenit – Feira Nacional da Indústria Textil – que, com o apoio da Rhodia, também atraia milhares de pessoas que lá conheceram a Lycra, fibra sintética com sua famosa camisa Volta ao Mundo, que eu usei muito para ir aos bailes de formatura, combinando com o terno preto e sapato Bibo (este não era confortável). Mas era moda. A camisa, que não retinha líquido e este escorria pelas costas até atingir as partes baixas. Quem teve uma enfrentou este problema. Lembra?

 

Novidades

 

Em seu retorno ao Anhembi, o 31º Salão do Automóvel terá muitas novidades, além dos modelos apresentados por 24 marcas (o dobro de 1960, mas com grandes ausências como Volkswagen e GM) que lá estarão, em sua maioria chinesas: Stellantis, Byd, Caoa, Caoa Cherry, Citroën, Denza, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Hyundai, Jeep, Kia, Leapmotor, Lecar, Lexus, MG Motors, Mitsubishi, Omoda & Jaecoo, Peugeot, RAM, Renault, Suzuki Motos, Toyota e Vespa. E o Salão deste ano promete ser o mais interativo de todos os tempos, com experiências imersivas, estreias exclusivas e não reveladas, que mostram a inovação do mundo automotivo.

Nesta 31ª edição, o visitante poderá conhecer as “joias da coroa” do Dream Car Museum (de São Roque), responsável pela Memória sobre Rodas da exposição, reunindo 10 veículos raros em uma área de 400 m². Outra novidade é o ingresso VIP, que custa de R$ 530 a R$ 640, com acesso exclusivo ao Dream Lounge, onde estarão carros especiais, entre eles o Rolls Royce Cullinan Novitec Spofec Overdose, que não é uma versão de fábrica. Ele é personalizado por duas empresas alemãs especializadas em tunagem de veículos de luxo, a Novitec e a Spotec.

 

Escolha o dia de visita

Outra novidade é que, no momento da compra do ingresso (que custa de R$ 63,00, a meia entrada durante a semana, e R$ 162,00 a inteira no final de semana) pelo site www.salaodoautomovel.com.br, o visitante poderá escolher o dia de sua visita ao salão.

Para quem é fã do drift e games, a Racing Game Zone by João Borion, terá simuladores de última geração, com o novo modelo do piloto, com o Corvette CT C7 206. Na arena de Costumização by Batistinha, o público vai acompanhar esta ação ao vivo.

 

Testes

O visitante também poderá fazer teste drive com modelos expostos no Salão, em uma pista coberta, especialmente desenhada para receber cerca de 10 mil testes dos visitantes.