
Apesar do desaquecimento nas vendas internas, a indústria automotiva brasileira segue firme no ritmo de produção. De janeiro a julho de 2025, o país fabricou 1,469 milhão de veículos, um crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A estimativa é fechar o ano com 2,749 milhões de unidades produzidas, mantendo a projeção feita no fim do ano passado. O principal fator para a estabilidade na previsão foi a alta expressiva nas exportações, que devem crescer 38,4% em 2025 — puxadas principalmente pela recuperação do mercado argentino.
“Apesar dos juros elevados e de um ingresso acima do razoável de produtos importados, precisamos continuar recuperando os volumes de produção, o que gera ganhos e empregos a toda a extensa cadeia automotiva”, afirmou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.
Em julho, foram produzidas 237,8 mil unidades, volume 15,7% maior do que em junho, mas 3,6% menor do que julho de 2024. O desempenho foi puxado pelos automóveis, que cresceram 22,3% em relação ao mês anterior, enquanto os comerciais leves recuaram 4,4%.
Já entre os veículos pesados, os ônibus se destacaram, com avanço de 31,8% sobre julho do ano passado, somando 2,9 mil unidades. A produção de caminhões se manteve praticamente estável, com 12,1 mil unidades no mês, uma alta de 1,3% na comparação anual.
No acumulado do ano, os automóveis somam 1,089 milhão de unidades, com alta de 5,3%, enquanto os comerciais leves cresceram 10,2%, chegando a 282,4 mil. A produção de ônibus subiu 10,5%, e a de caminhões, 2,8%.










