O carro elétrico é a melhor opção para rodar na cidade, sobre isso não há dúvidas: silencioso, confortável, não poluente e a operação tem um custo muito menor do que um carro a combustão. E se for um carro pequeno, como o BYD Dolphin Mini avaliado, melhor ainda: fácil de manobrar, fácil de estacionar.

Mas o problema é carregar a bateria, né?  Nem tanto: basta uma tomada 220v para manter a bateria carregada e assegurar os 350 quilômetros de autonomia (número oficial, na prática é outra coisa, como vamos ver mais adiante). Não tem como carregar em casa ou no trabalho? Use o carregador público. R$ 65,00 e 50 minutos foram suficientes para “encher o tanque” no Dolphin Mini num posto no bairro do Ibirapuera, em São Paulo, isso mesmo com a limitação da bateria do carro, que tem capacidade de apenas 40 kWh.

Andamos na versão 2026, a Azul, do elétrico mais vendido no Brasil, importado da China em pedaços e montado em Camaçari, sem, no entanto, receber peças produzidas no Brasil. O preço baixou: passou de R$ 122.800,00 para R$ 119.990,00.

A autonomia é mais do que o suficiente pra rodar na cidade, mas não arrisque fazer uma viagem, a não ser que você planejar bem as paradas para abastecimento. Com a bateria totalmente carregada, arrisquei uma viagem para Salto,  a 110 km de São Paulo. Ida e volta, mais uma andadinha na cidade, dá e sobra a energia, certo? Não. Errado. Isso porque é quase impossível fazer autonomia enunciada. Na estrada, ao contrário do carro a combustão, o elétrico gasta muito mais do que na cidade, onde o para e anda ajuda do trânsito ajuda a recarregar a bateria nas frenagens e nas desacelerações.

Marquei um pequeno trecho para registrar a diferença entre o que indica a autonomia e rodagem real. Após 83 quilômetros rodados, a autonomia foi reduzida em 124 quilômetros. E usando o modo ECO, o mais econômico.

Vale dizer que essa condição não é exclusiva do Dolphin Mini. Todo carro elétrico indica a autonomia considerando as condições ideais, mas que nunca são seguidas à risca, porque depende das condições da via, das condições climáticas e, principalmente, do modo de dirigir — do pé do motorista no pedal do acelerador.