Empresas trabalham para a popularização do carro voador

eVTOL – Eve Air Mobility
Os carros voadores já deixaram de ser apenas um sonho de cinema futurista. Em diferentes partes do mundo, novos modelos ganham forma e começam a mostrar que, em breve, o céu pode se tornar a nova estrada. No Brasil, a Embraer, por meio da Eve Air Mobility, já trabalha no desenvolvimento de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, conhecidos como eVTOL. A produção será em Taubaté (SP) e o objetivo é utilizá-los inicialmente como táxis aéreos.
Mas como funciona um carro voador? Diferente da ideia de um automóvel com asas, muitos modelos se parecem mais com grandes drones. O AirCar, desenvolvido na Eslováquia, por exemplo, transforma-se de carro em aeronave em pouco mais de dois minutos e já alcançou voos de 170 km/h. Já o PAL-V Liberty, da Holanda, combina rodas e hélices, sistema conhecido como um giroplano.
Essa é uma das grandes questões: será preciso dirigir ou o carro fará tudo sozinho? Hoje, a maioria ainda depende de um piloto a bordo, mas o futuro aponta para sistemas autônomos, capazes de controlar o voo de forma quase automática. A comparação com drones ajuda a entender, mas há uma diferença crucial: eles não são brinquedos. Como carregam passageiros, os carros voadores seguem normas rígidas da aviação e precisam de certificações que garantam segurança.
Os prazos para a popularização variam. Enquanto a Embraer projeta 2026 como o ano do início da operação comercial no Brasil, a China pretende ter cem mil carros voadores em circulação até 2030.
Seja qual for o caminho ou o tempo, o cenário é inevitável. Em alguns anos, pedir um carro por aplicativo pode significar escolher entre o trânsito da rua ou a liberdade do ar. A ficção que encantou gerações está prestes a se tornar real, e talvez a pergunta mais interessante não seja mais se isso vai acontecer, mas quando estaremos prontos para “dirigir” entre as nuvens.
Por Giovanna Monteiro









