Sistema plug-in garante uma rodagem barata e segura. Mas não dá pra confiar no indicador de autonomia

Só de ser um híbrido plug-in, o sedã King já começa num patamar superior quando a intenção é escolher um carro pra comprar. Claro, essa é uma opinião muito pessoal, mas é que essa tecnologia me encanta. Considero a melhor opção nesse momento em que o Brasil e o mundo vivem esse limbo em relação a novas tecnologias, com o consumidor dividido entre o velho e confiável motor a combustão e o novo elétrico puro, que é incontestável do ponto de vista tecnológico, mas sofre com a dificuldade de abastecimento. O plug-in atende as duas condições.
Mas o King vai além. Oferece um alto nível de acabamento e muito conforto no seu interior, bancos confortáveis e bom espaço também para os passageiros, especialmente no banco traseiro.

A tela central é sensível ao toque e tem rotação automática (paisagem/retrato), característica da linha BYD. Painel de instrumentos digital, conectividade 4G, ar-condicionado digital com saída para os bancos traseiros e carregador de celular por indução.
O carro tem várias assistências à condução, destaco duas: a direção assistida e a frenagem inteligente. Mas tem muito mais. Vem com controle de cruzeiro, monitoramento de calibragem de pneus, freio de estacionamento eletrônico.
Tem um motor 1.5 a gasolina e um motor elétrico de 235 cv na versão GS, com e 33,1 mkgf de torque máximo. Faz de 0 a 100km/h em 7,3 segundos. Com a bateria totalmente carregada, o veículo torna-se puramente elétrico, único no segmento, chegando até a 120km de autonomia no modo elétrico. Quando a capacidade da bateria está baixa, ele se transforma em um veículo híbrido com consumo de combustível ultra eficiente.

Mas vamos falar sobre consumo, que é o ponto forte do sistema plug-in. A fábrica indica uma autonomia de 1125km. Caramba. Dá pra fazer uma ida e volta SP-Rio e ainda sobrar combustível. Ou ainda ir direto de São Paulo a Brasília. Bem, esse é o número oficial, mas na prática a teoria é outra.
No nosso teste, rodei 421 quilômetros e a autonomia registrou um “gasto” de 712km, quer dizer: os 1150 km indicados de autonomia no painel não são confiáveis. Claro que o gasto de combustível depende da forma de dirigir e também do local, do tipo de terreno, das condições da pista, da temperatura e clima. E confesso que não fiz o menor esforço para economizar durante a avaliação.

Mesmo assim, o King com seu sistema plug-in oferece um andar seguro, prazeroso e muita economia.










