Com 105.046 unidades produzidas, o setor de motos registrou o melhor desempenho depois do início da pandemia do coronavírus, em março. Houve crescimento de 6,8% em relação a agosto, quando foram fabricadas 98.358 motos. Ante setembro do ano passado (92.894), o crescimento foi de 13,1%.
Até então, o melhor resultado mensal havia sido registrado em março, quando 102.865 motos saíram das linhas de montagem.
No acumulado do ano o resultado ainda é negativo. De janeiro a setembro foram produzidas 693.541 unidades, representando retração de 17,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (836.450 unidades).
Emplacamentos
Assim como a produção, os emplacamentos também cresceram em setembro. 99.609 unidades foram emplacadas representando alta de 3,8% em relação a agosto (95.961 unidades) e 13,6% sobre o mesmo mês do ano passado.
Com 21 dias úteis, a média diária foi de 4.743 unidades. Na comparação com agosto (4.362 unidades), com um dia útil a mais, houve alta de 8,7%. Em relação a setembro do ano passado (4.177 unidades), que também teve 21 dias úteis, o aumento foi de 13,6%.
Exportações
Na comparação mês-a-mês, as exportações, que somam 3.622 unidades em setembro, sofreram queda de 29,9% em relação a agosto (5.167). Mas em relação a setembro do ano passado (2.390) houve aumento de 51,5%.
No acumulado do ano foram exportadas 23.653 motos, queda de 18,8% na comparação com o mesmo período de 2019 (29.136).
A Argentina ainda é o principal parceiro comercial, com 7.193 unidades e 32,6% do volume total exportado. Na sequência vêm Colômbia (4.864 unidades e 22,1% do total) e Estados Unidos (4.279 unidades e 19,4%).
Projeções
Faltando poucos meses para o final do Ano, a Abraciclo, associação que reúne fabricantes do setor, revisou as projeções para este ano.
A nova estimativa é produzir 937.000 unidades, que vão representar queda de 15,4% ante 2019. A projeção anterior, apresentada em janeiro, quando ainda não tinha a pandemia, era de 1.175.000.
Para as vendas, a expectativa no começo do ano era de 1.140.000 unidades. Agora, a associação revisou para 905 mil e espera recuo de 16% em relação a 2019.
A expectativa foi mantida apenas para as exportações: 28 mil unidades e retração de 27,5% sobre 2019.