Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, a federação que reúne os lojistas independentes de todo o País, credita o grande crescimento do segmento de seminovos (veja matéria) à impossibilidade de financiamento.
“Sem poder financiar um carro zero quilômetro e sem condições de pagar à vista, o consumidor acaba optando pelo seminovo, a melhor opção num momento em que o orçamento da família está minguado.
A dificuldade de obter financiamento é um dos grandes impeditivos na compra do carro zero. Segundo Ilídio, apenas três de cada dez pedidos de empréstimo são aprovados pela rede financeira. Assim, o consumidor é obrigado a investir menos e pagar a vista.
Apenas 2,7 milhões de carros usados foram comprados com parte financiada no ano passado, num montante de 13 milhões de unidades vendidas. O resto foi pago a vista, em dinheiro, ou na base de troca.
O dirigente explica que existe grande oferta de financiamento, mas a maior parte dos pedidos não é aprovada, porque o interessado tem a renda comprometida.