Argentina e outros países da América Latina impulsionam a produção brasileira, que cresceu 23,4%
Os fabricantes de veículos apresentaram nesta terça-feira (6) um balanço positivo no setor, coisa que não acontecia há muito tempo.
O crescimento nas vendas já havíamos anunciado aqui na semana passada: 2,2% no acumulado do ano.
Mas o aumento da produção foi muito maior: 23% a mais do que no período janeiro-maio do ano passado. E já passou de um milhão de unidades: 1,037 milhão.
Mas, se o mercado interno está estacionado, quem está comprando os carros fabricados no Brasil? Os nossos vizinhos latino-americanos. Só a Argentina comprou este ano sete de cada dez carros vendidos pelo Brasil no exterior, 213 mil unidades. O México levou outros 40 mil e Chile, Uruguai e Peru duplicaram as suas importações.
Segundo a Anfavea, a associação dos fabricantes, além de não viverem uma crise econômica como o Brasil, esse países perceberam a melhoria da qualidade do carro fabricado aqui.
Enfim: as exportações estão salvando a indústria de veículos.
Mas também em relação ao mercado interno os fabricantes estão otimistas. Fora caminhões, que amargam uma queda de vendas de 19,4% (17,2 mil unidades de janeiro a maio, contra 21,38 mil em 2016), os outros segmentos estão indo bem, ou pelo menos parece que a queda foi estancada. Para Antônio Megale, presidente das Anfavea, o País começa a dar sinais de otimismo, com o PIB parando de cair e a redução dos juros.
A expectativa era fechar o primeiro semestre estável e crescer no segundo. Mas no quinto mês do ano o setor já comemora esse pequeno crescimento.
A produção em maio foi de 237,1 mil unidades, melhor desempenho desde março de 2015. As vendas chegaram a 195 mil carros, as melhores do ano. (veja matéria)