Presidente da Renault aposta em crescimento de até 10% este ano

Ricardo Gondo, presidente da Renault

O presidente da Renault Ricardo Gondo, falou com otimismo, nesta segunda-feira (8/4/24), na reunião mensal da Anfavea, sobre o mercado doméstico em 2024. Lembrou que o primeiro trimestre fechou com 434 mil carros e comerciais leves comercializados, número que representa um crescimento importante.

O dirigente acredita que este ano haverá um crescimento de no mínimo 6%, podendo chegar a 10%. Lembrou que cresceu o volume de carros financiados, o que é um bom sinal: “Na Renault 60% das nossas vendas até aqui foram feitas com financiamento”.

“O mais de R$ 100 bilhões anunciados de investimento para os próximos anos, mostra a confiança da indústria no País. Confiança na previsibilidade jurídica, que é muito importante para determinarmos os investimentos e os novos projetos”, disse o dirigente.

Outo aspecto que Gondo destacou foi o incentivo à pesquisa: “Temos excelentes faculdades de engenharia, temos experiência no desenvolvimento de tecnologias e tenho certeza que o Mover vai colocar a nossa engenharia avante”, o que, segundo ele, vai gerar empregos qualificados, renda e desenvolvimento tecnológico.

BALANÇO

Gondo falou durante coletiva apresentada pelo presidente da Anfavea, Marcio Lima Leite, que fez o balanço de produção e vendas no primeiro trimestre, destacando que o mercado está tendo um crescimento consistente das vendas desde a metade do ano passado.

Foram produzidos em março 195,8 mil autoveículos, o melhor desempenho em quatro meses e superou em 3,2% o volume de fevereiro.

No acumulado do trimestre, 538 mil unidades deixaram as linhas de montagem, 0,4% a mais que no mesmo período do ano passado. “Acreditamos que os próximos meses serão marcados por aumento contínuo na produção, por isso apostamos muito na nossa previsão de alta de 6% para o ano”, disse Márcio de Lima Leite.

Os híbridos representaram 4,6% das vendas no trimestre, contra 3,4% no mesmo período de 2023. Os elétricos puros têm 2,9% (tinham 1%).

“Os elétricos não precisam ser submetidos a aprovação ambiental, por isso o desembaraço na importação é mais rápido. Os carros a combustão e os híbridos têm mais dificuldade de chegar ao mercado.