Para a Fenabrave, o Brasil ainda vai levar dez anos para ter a tecnologia em massa

Os revendedores de veículos, reunidos na Fenabrave, estão se preparando para atender as necessidades do consumidor no que se refere à mobilidade elétrica. Alarico Assumpção Júnior, presidente da entidade que representa as associações de marcas, considera que o Brasil ainda tem etapas para vencer antes da chegada em massa do carro elétrico, mas que os revendedores estão se preparando para atender a demanda.

“Nós não apenas vendemos carros, mas damos assistência ao consumidor, por isso as duas coisas têm que andar juntas”, disse o dirigente.

Alarico se refere ao atendimento pós venda da nova geração de carros eletrificados, que será diferente do que a rede faz hoje. Disse que o carro elétrico é o futuro, mas a tecnologia não está consolidada nem mesmo nos mercados maduros, como Estados Unidos, Inglaterra, Coréia do Sul, Alemanha, países onde, segundo o dirigente, existem apenas algumas localidades estruturadas para atender a demanda do carro elétrico.

A expectativa é de que mesmo nesses países a estrutura necessária para atender uma grande massa de veículos elétricos vai demorar cerca de cinco anos para ser construída. No Brasil, obviamente esse tempo será muito maior. Além disso o presidente da Fenabrave lembra que o preço é um problema para a disseminação da tecnologia, além da fonte energética:

“Precisaríamos de mais duas Itaipu e meia para atender a demanda por eletricidade de uma frota como a brasileira”.

Ele acredita que o carro híbrido, com uso de etanol, é o intermediário entre o carro a combustão e o elétrico puro e enxerga o uso do etanol também na célula de combustível, que, segundo ele, seria mais viável para a propulsão do carro elétrico do que a bateria.

O dirigente acha que o Brasil vai demorar ainda uma década para entrar definitivamente na tecnologia, mas que, quando isso acontecer, a rede de distribuição estará plenamente preparada para atender os clientes.