A produção de motos voltou em junho e já deu bons resultados: experimentou uma alta significativa. Saíram das fábricas 78.130 unidades em junho, representando alta de 14,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram produzidas 68.121 unidades. Na comparação com maio quando praticamente não teve produção, o crescimento foi de 437,6%.
O semestre, no entanto, fechou com resultado negativo: 392.217 unidades contra 537.105 no mesmo período de 2019, queda de 27%.
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, que reúne os fabricantes de motos, acredita que os números revelam uma retomada do setor.
“Esse crescimento mostram que o setor registra uma retomada consistente. Manaus foi uma das cidades mais atingidas pela Covid-19 e agora, com o retorno gradativo da produção, o segmento de motocicletas apresenta uma tendência de recuperação”, disse.
Emplacamentos
As vendas experimentaram o oposto da produção e continuam em queda. Em junho, 45.855 unidades foram licenciadas, enquanto no mesmo mês do ano passado foram 80.023 unidades, uma retração de 42,7%. Ante o mês de maio (29.192), houve crescimento de 57%.
“A alta no número de emplacamentos em junho, em comparação com maio, também inclui vendas realizadas no mês anterior, quando os Detrans não se encontravam em operação plena” explicou o presidente da associação.
Exportações
As exportações também tiveram resultado positivo, com 2.945 unidades, o que representa alta de 3,2% na comparação com junho de 2019 (2.854).
Os três principais mercados para as motos fabricadas no Brasil no mês de junho foram Colômbia (372 unidades), Estados Unidos (157 unidades) e Austrália (48 unidades).
No acumulado do ano, foram exportadas 10.432 motocicletas, – 48,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (20.392 unidades).