Fabricantes não conseguiram atender à demanda. Fila de espera ainda é de 30 dias
As motos de baixa cilindrada são as mais vendidas no Brasil, representam nada menos do que 80% do mercado e elas foram, mais uma vez, determinantes para o crescimento do setor, que teve produção de 1.195.149 unidades, alta 24,2% e vendas com aumento ainda maior: foram 1.156.074 unidades licenciadas, alta de 26,3% na comparação com 2020 (915.157 motocicletas).
“As limitações nas linhas de montagem fizeram com que, em 2021, tivéssemos dificuldade em atender à demanda crescente. Hoje a fila de espera é de cerca de 30 dias para modelos de baixa cilindrada e scooters, disse MarcosFermanian.
lembrando que a tendência para os próximos meses é de normalização. “Todas as associadas estão se esforçando para atender ao consumidor que espera, quer e precisa de uma motocicleta nova”, disse o presidente da Abraciclo.
A Scooter foi a categoria que registrou o maior crescimento, com 107.285 unidades, volume 40,9% superior ao registrado em 2020 (76.129 motocicletas).
“As Scooters estão ganhando espaço nas ruas, graças a sua praticidade, versatilidade e baixo consumo de combustível. A tendência é de que a procura cresça ainda mais”, analisa o presidente da Abraciclo. Ele destacou que os fabricantes enfrentaram dois obstáculos: a segunda onda de coronavírus que atingiu a cidade de Manaus no início de 2021, quando deixaram de ser produzidas cerca de 100 mil motocicletas, e as restrições implantadas nas linhas de produção para evitar a disseminação da doença.
“O maior distanciamento entre os postos de trabalho, por exemplo, aumenta o tempo de fabricação”, explicou.