Gênero, índice de roubo, CEP e motorista pesam na formação do preço

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Na hora de comprar um carro o consumidor costuma verificar os atributos que aquele modelo pode proporcionar e também os problemas que ele pode causar durante a vida útil.

O consumidor está cada vez mais atento ao que se chama Custo Total de Propriedade, ou seja: a opção pela compra não está mais limitado ao preço do carro, mas o gasto que o motorista vai ter no dia a dia. Nesse cálculo entram itens como garantia de fábrica, preço das revisões, tamanho da rede de concessionárias, preço de peças de manutenção e de mão de obra de oficina, consumo de combustível e assim por diante.

Um dos gastos mais importante no custo de propriedade é o seguro, mas não basta comparar o preço do seguro do carro que você quer comprar com o seguro do concorrente, pois o valor pode variar muito dependendo de vários aspectos.

Tudo é levado em conta pela seguradora na hora de calcular o valor. Primeiro, claro, é a idade do carro e o seu valor de mercado, que deverá ser pago ao segurado em caso de sinistro, roubo ou perda total. O seguro pode incluir vários benefícios, como troca de parabrisa, troca do espelho retrovisor externo, o que se chama de coberturas contratadas, e isso vai encarecer o valor total.

A região (bairro, cidade) onde o segurado mora, o CEP do pernoite, a proteção do carro (se o segurado tem garagem), o índice de roubo do modelo eo histórico do motorista. Veículos importados com mais de cinco anos pagam mais caro.

A idade do motorista e o estado civil também pesam no valor: quanto mais jovem o condutor, mais caro fica; casados pagam mais barato.
E para encerrar, o gênero do(a) segurado(a).

Algumas seguradoras não levam muito em conta se o motorista principal é homem ou mulher, consideram que hoje não há muita diferença em relação ao risco.

“Hoje os carros são mais roubados na mão de mulheres”, disse uma corretora. Mas um levantamento feito esta semana em corretoras de seguro mostra que ainda há diferença de preço a favor da mulher, que podem variar de 7% a 13%.

Alguns segurados usam a estratégia de burlar algumas dessas informações para baratear o preço do seguro. Por exemplo: colocar a mulher ou o pai, que é mais velho, como motorista principal; dar um endereço menos propício a roubos. Muito cuidado. Todo sinistro vai para a análise, a seguradora vai levar em conta o uso feito do carro e as condições do acidente. Claro que o principal condutor pode permitir que outra pessoa use o seu carro, mas se a seguradora constatar que se trata de uso regular ela pode se recusar a pagar, assim como se o segurado agravou o risco do acidente, se dirigiu sob o efeito de álcool, sem documentação, se avançou o limite de velocidade, desrespeitou as regras de trânsito.