A Bright Consulting, especializada em consultoria para a indústria automobilística, continua fazendo seus prognósticos, ela que foi a primeira a divulgar uma previsão da crise, logo no início na quarentena, em meados de março.
Na avaliação divulgada nesta semana, os consultores avaliam que o negócio automotivo praticamente parou: o interesse pela compra de produtos despencou 90%.
Os consultores confirmaram a informação que demos aqui há uma semana, de que grande parte dos carros vendidos não foi licenciada, porque muitos Detrans inclusive o de São Paulo, não estão funcionando.
Quer dizer: a pessoa compra o carro e nesse período de pandemia está autorizada a rodar com o carro por tempo indeterminado sem o licenciamento, apenas com a nota fiscal.
Entre as medidas e reações provocadas pela pandemia, a consultoria destaca:
– As montadoras colocaram seus funcionários em férias coletivas com redução da jornada e da remuneração. E esquemas de trabalho alternado entre equipes de produção.
– Os governos federais e estaduais estão estendendo prazos de pagamento de tributos e oferecendo financiamentos subsidiados para pequenas e médias empresas.
– Os prazos de manutenção e garantia dos carros foram excepcionalmente estendidos durante o isolamento.
– Lançamentos ficarão esquecidos após o reinício das atividades. Terão que fazer relançamentos.
Como riscos e consequências da crise, a Bright Consulting destaca:
– Inviabilização das pequenas e médias empresas
– Postergação das compras, com a descapitalização das famílias e a menor utilização de seus veículos.
– Desemprego de 10 mil empregos nas montadoras e de 20 mil nas fábricas de peças.
– Estima-se que 30% das concessionárias não consigam se sustentar por mais de 30 dias inativos sem substancial ajuda das montadoras.