Abeifa comemora a alta das vendas; projeção é de 40 mil unidades no ano
O mercado de importados está renascendo. Essa é a tônica do discurso do presidente da Abeifa, José Luiz Gandini, a entidade que reúne os importadores de veículos automotores.
Ele se refere à grande evolução das vendas este ano, de 44%, e credita esse aumento ao fim da cobrança de 30 pontos percentuais de IPI extra para a importação fora da restrita cota destinada a cada marca no período do Inovar Auto, que se encerrou em dezembro último.
Livre do imposto adicional, as importadoras licenciaram entre janeiro e abril 11.696 unidades, o que está revigorando o setor. Nos quatro meses, foram reabertas 16 concessionárias e outras 38 de cada marca deverão ser inauguradas até o fim do ano, formando um total de 500 pontos de venda, um número ainda muito aquém dos 850 em 2011, mas que indica uma perspectiva alentadora. Todos os números são positivos: mais 20 mil empregos diretos serão gerados até o fim do ano. A meta de vendas é de 40 mil unidades em 2018, aumento de 34% sobre o ano passado, o que significa o início da recuperação das vendas, que chegou a quase 200 mil unidades no seu auge, em 2011 (veja quadro).
“O setor precisa de previsibilidade – disse Gandini – não podemos estar expostos a surpresas, como aconteceu em 2011, quando o governo impôs o IPI extra e colocou várias empresas quase na insolvência”.
Gandini se refere à Rota 2030, programa que o governo deve anunciar nos próximos dias e que vai reger o setor nos próximos 12 anos.
Com o câmbio em alta, o presidente afirma que a projeção de 40 mil carros pode não ser alcançada, afinal, afeta diretamente o valor final do veículo. Carros como o Kia Picanto, mais barato dos importados, pode chegar a R$ 65 mil.