Aumento do imposto importação e alta do dólar não impediram o crescimento do setor
Mesmo com o aumento da alíquota do imposto importação para carros eletrificados (10% em janeiro e 18% em julho para elétricos e 12% e 25% para híbridos) e mais a alta do dólar (R$ 5 em março e R$ 6 em dezembro), os carros importados de marcas filiadas à Abeifa – associação das Importadoras e Fabricantes de Veículos, fecharam 2024 com um crescimento, licenciando de 103.091 unidades.
A associação registra ainda vendas de 1.638 unidades de carros produzidos no Brasil, entre suas filiadas. O total (104.729 unidades) representa 4,2% de participação do mercado interno brasileiro.
“Trata-se de um porcentual muito salutar aos consumidores e ao setor automotivo brasileiro, porque a presença de veículos importados, com suas tecnologias, beneficiou os compradores e incentivou fabricantes locais no processo de atualização de seus produtos”, disse Marcelo Godoy, para presidente da Abeifa.
Apesar do que classifica como um cenário de incertezas para o setor, Godoy prevê um crescimento de 5% este ano:
“Arrisco a dizer que podemos prever um crescimento de 5% em 2025, alicerçado em bases factíveis como o aumento expressivo de novos produtos, recheados de novas tecnologias. De qualquer maneira, registro aqui o nosso desagravo em relação às medidas alfandegárias e suspensão de incentivos de impostos municipais de veículos importados eletrificados, já que estes são os primeiros a contribuir com o processo de descarbonização do setor automotivo brasileiro”, disse o dirigente.