– Proposta é chegar a um teto de 20% de Imposto Importação em seis ou sete anos
– O Brasil precisa desenvolver uma tecnologia universal e não uma que sirva somente ao mercado interno
O presidente da Abeifa, associação de importadores e fabricantes de veículos, João Oliveira, elogiou a política do governo brasileiro de não limitar o apoio a apenas uma opção tecnológica para a mobilidade, abrindo o espaço para que muitas rotas tecnológicas possam conviver.
Para o dirigente, o mercado precisa atender o desejo do consumidor, “pois é quem vai definir o que é melhor”. No entanto, João Oliveira lembrou o mundo produz 80 milhões de veículos por ano e se o Brasil quiser estar inserido no contexto mundial, deverá desenvolver uma tecnologia universal e não que sirva somente ao mercado interno, certamente se referindo etanol.
“O Brasil precisa ser exportador de tecnologia”, disse, defendendo que o País crie uma base de exportação para veículos elétricos.
O dirigente admite a taxação dos veículos elétricos, que hoje não pagam Imposto Importação (o híbrido paga até 7%), mas quer que o governo faça uma programação de aumento a longo prazo, continuado a isenção por mais dois anos e, após isso, chegar a 20% (teto máximo) em quatro ou cinco anos. Caso contrário – insiste – a presença do elétrico não terá efeito no mercado brasileiro e a taxação mais agressiva vai impedir a chegada de novas tecnologias.
Já a Anfavea, associação de fabricantes, quer a aplicação do Imposto Importação o mais rápido possível para todos os eletrificados.
O que este se desenhando no governo, segundo João, no início do ano que vem, começando com 9% sobre o elétrico puro e chegando a 35% em 2027, sendo 18% em 2025 e 27% em 2026.