Empresas trabalham nos parâmetros da rota 2030 em prol do meio ambiente e evolução dos elétricos
Durante simpósio realizado na ultima semana pela AEA, associação de engenharia automotiva, palestrantes falaram sobre os avanços e perspectivas para a mobilidade urbana. Anderson Suzuki, gerente de comunicação da Toyota e Luiz Fernando Oliveira, engenheiro de carros elétricos da Renault, mostraram novidades de cada marca para o segmento de elétricos e híbridos.
Toyota: a célula de combustível e híbrido flex
A Toyota está investindo na célula de combustível, ideal para longos trajetos, que vai substituir a bateria do veículo por pilhas que geram energia. A tecnologia já foi implantada no carro Mirai, comercializado no Japão, EUA e Europa, por enquanto.
A pilha tem 370 células que fazem até 650 km e tem zero emissão de CO2. A recarga é feita em postos específicos, já implantados em alguns países, como Inglaterra, Alemanha, Japão e Estados Unidos.
Na tecnologia híbrida, o Prius, da Toyota, tem sistema que trabalha com dois motores, um elétrico e outro a gasolina. Os dois motores trabalham em conjunto, mas em baixa velocidade só o motor elétrico funciona, em alta velocidade, os dois funcionam em conjunto para dar mais força ao carro.
O carro faz 19 km por litro na área urbana e 17 km na estrada. Quando o elétrico descarrega, o motor à combustão trabalha e com as freadas e desaceleração, gera recarga na bateria.
A marca também lançou um protótipo de híbrido flex, novidade mundial. O carro, desenvolvido com base em pesquisas no Japão e no Brasil, carrega rápido e o uso do etanol, combustível nacional, diminui a emissão de gases, o que possibilita colocar o País no mapa do desenvolvimento de novas tecnologias.
A Toyota não informou quando as novidades chegam ao Brasil porque estão trabalhando com base na demanda do mercado, mas esperam ter boa aceitação para expandir novas tecnologias para o mundo.
Renault: o desafio da bateria e da matriz energética
A Renault está trabalhando apenas o desenvolvimento de carros elétricos e pretende colocar 12 novos modelos no mercado junto com Nissan e Mitsubishi, empresas da aliança, até 2022.
O desafio para os novos elétricos está em fabricar uma bateria que tenha mais de 600 km de autonomia, recarregue 230 km em 15 minutos e tenha tamanho viável para o veículo.
A empresa está avaliando as matrizes energéticas de cada país, uma vez que não adianta o carro ter emissão zero, mas ser recarregado com energia gerada da queima de carvão, como é o caso da China e Alemanha, por exemplo.
No Brasil, a principal fonte de energia é renovável, por isso a Renault tem boas perspectivas, embora tenha menos de mil carros elétricos rodando no País.
A China é o maior consumidor de elétricos e 50% da frota fabricada no mundo em 2017 foi vendida no país.
Para Luiz Fernando, a tendência dos próximos elétricos é ser conectado e autônomo, para atender a evolução tecnológica mundial. O engenheiro ainda acredita que os veículos totalmente elétricos vão ser mais fortes que os híbridos no Brasil.