Além da montadora, os 16 fornecedores do complexo zeraram as emissões de carbono
Todo o complexo da fábrica da Jeep em Goiana, em Pernambuco, chegou a emissão zero de carbono. Trata-se do primeiro Complexo Industrial Carbono Neutro da América Latina. A fábrica da Jeep, que monta o Renegade e o Compass, já tinha obtido a certificação em 2017, o chamado Selo Ouro do programa GHG, que tem como objetivo estimular empresas a quantificar e gerenciar emissões de gases de efeito estufa. A conquista agora se estende para todos os 16 fornecedores que mantêm fábrica no local.
A montadora considera que é “mais um importante passo no compromisso com a sustentabilidade e o respeito à natureza”.
“É uma conquista muito importante, alcançada graças ao compromisso com o desenvolvimento sustentável que nós e nossos fornecedores compartilhamos”, disse Antonio Filosa, responsável pela Stellantis na América do Sul.
A empresa anunciou também que a rede de concessionárias Jeep – de 200 lojas – também se comprometeu com a causa da neutralidade, buscando iniciativas para a redução e compensação de emissões.
“Vamos trabalhar para que sejamos a primeira rede Jeep do mundo a alcançar a marca de Carbono Neutro”, disse Everton Kurdejak, diretor Comercial da Jeep no Brasil.
Já Alexandre Aquino, responsável pela Jeep para a América Latina, falou sobre a eletrificação do portfólio da marca: “teremos novidades importantes para oferecer ao consumidor brasileiro ainda este ano”, disse.
Inaugurado em 2015, a fábrica de Goiana envia 100%, dos resíduos gerados no processo produtivo para a reciclagem e reutilização. Os resíduos são encaminhados para a Ilha Ecológica, onde acontece o gerenciamento de 13 mil toneladas mensais de resíduos. Atualmente, 88% dos contratos de destinação de resíduos são com empresas da região, impulsionando o desenvolvimento local.
Desde o início das operações, houve a redução de 46% do consumo de água na produção, além de alcançar o índice de 99,5% de reuso de água do processo industrial.
Ao implantar a fábrica, numa área onde só havia canavial, a empresa fez o reflorestamento recuperando o bioma original da Mata Atlântica, com a plantação de mais de cem mil mudas de 295 espécies sendo 27 delas em extinção. A proposta agora é criar, até 2024, 304 hectares de área verde e corredores ecológicos.