A América Latina está no meio do furacão, disse presidente da FCA
“O impacto da crise do coronavírus na econômica vai ser muito mais severo do que pensávamos inicialmente e do que foi nas demais crises que passamos”
Falando na manhã desta quarta-feira (13/5/20) à Webmotors, o presidente da FCA, Antonio Filosa, apresentou um quadro dramático da situação no Brasil diante da pandemia.
Disse que, ao contrário das demais crises, esta tem características deferentes; é a primeira que é genuinamente global.
“Em todas as regiões onde a FCA opera, encontramos estados enfrentando o problema em momentos diferentes, mas em crise. China e Coréia já estão em fase de transição para o fim da crise; na Europa são dados os primeiros passos para fase dois, de uma abertura gradual, e na região dos EUA e América Latina estamos no meio do furacão: cada dia parece mais difícil que o dia anterior.
Para Filosa, a crise provoca dois impactos principais: na saúde e na economia.
“O mundo vai ter um PIB bastante retraído, o que levará a uma forte reduçao da demanda. A China é o único país com perspectiva de um PIB positivo. Todos os demais prevêem queda de 5%, 6%, 7%”, disse o executivo.
Como tudo é incerteza, os prognósticos são pouco objetivos, com previsão sempre em três cenários:
O otimista
O pessimista
O intermediário
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que o grau de sucesso das medidas econômicas para reduzir os impactos da crise provocada pelo coronavírus, e a extensão da quarentena serão determinantes para o desempenho do PIB deste ano, mas seja qual for o cenário, avalia que a economia brasileira vai encolher muito.
Os números previstos pela CNI são os seguintes:
Na melhor das hipóteses, o PIB cai 1,8%. Na média, 3,9% e num cenário pessimista, uma queda de 7%, quer dizer: um desastre!