Empresa já tem pronto motor hibrido a álcool

Emanuele Cappellano apresentando as plataformas bio híbridas para o governador Romeo Zema

 

Dos 30 bilhões de investimentos que a Stellantis vai fazer no Brasil, 14 bilhões de reais serão destinados à fábrica da Fiat em Betim no período de 2025 a 2030.

O presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, fez um anúncio nesta segunda-feira ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

Trata-se do maior investimento da história da unidade em Minas Gerais, destinado a produção de quatro novas arquiteturas bio híbrido: plataforma, motorização, tecnologia e novos modelos, com todas as opções de motorização, incluindo híbrido, plug-in e elétrico puro.

Segundo Emanuele Cappellano, a demanda do mercado brasileiro está caminhando mais para o carro híbrido:
“As novas plataformas desenvolvidas pela Stellantis preveem os híbridos e também os elétricos puros, mas entendemos que o segmento de carros elétricos tem problemas importantes, como o custo de produção e a falta de infra-estrutura no país. A decisão de investimentos nesse segmento não depende da indústria, mas sim da demanda do mercado. Estamos prontos para a produção de qualquer tecnologia, no entanto, consideramos que nos próximos anos o etanol será prioridade entre as energias limpas porque atende as necessidades ambientais. O etanol é mais consistente com o que o Brasil precisa” disse o dirigente.

Capellano disse também que a unidade de Betim vai expandir a linha de motores com investimento de quase meio bilhão de reais, incluindo a produção de motores híbridos. A unidade de Betim inaugurada em 1976, conta com quatro mil engenheiros e 60 laboratórios na área de desenvolvimento e tecnologia com produção inclusive de tecnologias para exportação.

Motor híbrido a álcool

A Stellantis considera que a melhor opção para o Brasil em relação a redução das emissões é o uso do etanol com o motor híbrido. Estudos feitos pela empresa indicam que um carro com motor híbrido alimentado com etanol tem um nível de emissões ainda menor do que um elétrico puro que usa eletricidade produzida por fontes sujas, no caso, na Europa e emissões próximas também do elétrico que roda no Brasil.

O problema é que, um carro flex híbrido não garante que o usuário usará somente etanol; e, usando gasolina, não atenderá os níveis de emissões.

Em função disso, a Stellantis criou um motor a álcool para fazer um híbrido a etanol. “O motor está pronto, já temos alguns clientes que desejam esse equipamento, mas ainda não existe uma demanda suficiente para iniciarmos a produção”, disse Capellano, explicando que a empresa poderá lançar o motor quando houver demanda.

 

Ouça a entrevista do Joel Leite com o presidente da Stellantis falando sobre o motor hibrido a álcool desenvolvido pela empresa