Setor amarga pelo segundo ano seguido vendas de carros abaixo de dois milhões de unidades
Em 2019 foi a pandemia e no ano passado, quando a expectativa era de retomada do crescimento, a falta de microprocessadores impediu a expansão da produção e assim a indústria automobilística brasileira amarga pelo segundo ano consecutivo um volume de vendas abaixo dos dois milhões de unidades, estacionando em baixa e deixando para este ano de 2022 a tentativa de retomar o patamar de 2019, quando foram vendidos 2.658.907 unidades.
As vendas de carros e comerciais leves em 2021 foram de apenas 1.974.091 unidade, um crescimento pífio, de apenas 1,2% sobre o ano da pandemia, quando, com fábricas paradas e concessionárias fechadas, foram licenciados 1.951.082 carros.
Uma das mais atingidas pela falta de semicondutores, a GM despencou no ranking durante o ano mas iniciou uma vigorosa recuperação nos dois últimos meses, fechando 2021 na terceira posição. A Fiat teve um excelente desempenho, fechando o ano como líder do mercado brasileiro com 430.995 unidades e aumento de vendas de 33,9% sobre 2020. A Fiat retoma a liderança do mercado desbancando a GM, campeã no ano passado.
Tanto a GM quanto a Volkswagen, segunda colocada, fecharam 2021 com queda de vendas. Mesmo assim, a Fiat não foi a que mais cresceu. A sua corimã Jeep vendeu 35% a mais e a Caoa Chery foi a marca que mais cresceu entre as dez mais vendidas dobrando de tamanho em relação a 2019. A Caoa Chery vendeu 39.727 carros e cresceu 97,8%. Hyundai (+10%) e Toyota (25,4%), quarta e quinta colocadas, também tiveram crescimento em relação ao ano anterior, assim como a Nissan nona colocada.
Vale destacar, após as dez maiores, a queda drástica da Ford, que ficou em décimo primeiro lugar, e o expressivo crescimento das duas francesas, agora agrupadas na Stellantis (veja ranking).