Mas capacidade instalada, Custo Brasil, impostos e logística são problemas gerais, não só das montadoras
Num balanço negativo, com queda de 31% na produção por causa da crise do coronavírus, o setor de veículos fechou 2020 com dois milhões de carros produzidos.
Os fabricantes acreditam num crescimento de 15% nas vendas e 23% na produção em 2021, ampliando as exportações principalmente para México, Colômbia, Uruguai e Chile.
Mas eles reclamam das “dificuldades para a produção no Brasil” e elencam a ladainha de sempre: Custo Brasil, impostos altos, infraestrutura, logística e agora também os resíduos tributários.
Falam de problemas estruturais que, segundo eles, afetam o desempenho do setor industrial como um todo.
No balanço feito na última sexta-feira (8/01/21) os dirigentes salientaram que a indústria automobilística trabalha com uma ociosidade de três milhões de unidades, quer dizer: a produção foi de apenas dois milhões para uma capacidade instalada de cinco milhões de carros.
Toda a indústria, e também o setor de serviço, está trabalhando com grande capacidade ociosa nesses tempos de pandemia. Todas as áreas da economia, com exceção talvez do agronegócio, estão atuando com capacidade aquém da desejada.
Um restaurante, que é obrigado a reduzir pela metade o número de mesas no salão, está tão ou mais ocioso do que qualquer montadora de veículo. E o restaurante também enfrenta os mesmos problemas, tais como altos impostos, infraestrutura e logística precárias e tantos outros.
Nós, aqui na Autoinforme, estamos trabalhando com 90% de ociosidade.