A Tesla, a badalada montadora estadunidense que produz apenas carros elétricos de alto desempenho, lançou uma nave espacial com destino à órbita do planeta Marte. Dentro dela, um modelo Tesla Roadster conversível.
O foguete que transportou o carro é o equipamento aeroespacial mais potente do mundo, e também pertence ao empresário Elon Musk, que é dono da Tesla. O carro será deixado na órbita do planeta, vai ficar lá por muitos anos.
O fato gerou grande publicidade à marca e às iniciativas comerciais do empresário.
O roadster foi o primeiro modelo da marca, com uma autonomia de 350 quilômetros e uma aceleração de zero a 100 km/h em 3,9 segundos.
O carro saiu de linha. O seu substituto chega em 2020, com uma autonomia de 1000 km (o que é um assombro para um carro elétrico)
Fundada em 2003, em dez anos a Tesla tornou-se uma das 10 marcas automotivas mais valiosas do mundo, com um valor estimado 4,4 bilhões de dólares.
No ano passado, a empresa confirmou que todos os seus novos lançamentos serão autônomos.
Dotados de oito câmaras com visibilidade 360º, doze sensores ultra sônicos que detectam objetos de qualquer natureza e alimentam o sistema com informação visual mesmo com chuva ou nevoeiro.
Mas por trás da ação de marketing que levou o carro à órbita de Marte, está a intenção de distrair a atenção dos problemas enfrentados pela Tesla, que não consegue obter material suficiente para produzir os carros, todos feitos de alumínio. Carros que já foram encomendados e parcialmente pagos. E que a empresa não consegue entregar.
O risco é a empresa toda ir pro espaço.