Profissionais do setor criaram uma cartilha para apresentar o carro elétrico

A Associações do Engenheiros Automotivos apresentou nesta terça-feira (12/12/23) a Cartilha da eletromobilidade, um estudo básico do carro elétrico, com o objetivo e oferecer ao consumidor um panorama da nova tecnologia que começa a despontar no Brasil e que, inevitavelmente, vai dominar o setor da mobilidade num prazo bem curto no mundo e um pouco maior no Brasil. Na Europa, por exemplo, o carro eletrificado já representa 50% das vendas totais de veículos automotores, sendo 15% de elétricos puros e 35% de híbridos.

Os engenheiros da associação se debruçam sobre as tecnologias inovadoras da mobilidade e buscam soluções para o desenvolvimento da indústria brasileira, nos vários campos de atuação: segurança, assistência à direção, emissões de poluentes, eficiência energética e outros.

Com a ajuda da AEA, a indústria obteve uma redução importante de 24% das emissões de poluentes de 2012 a 2022 e o Brasil passou a ser o país que oferece o maior controle de emissões nos veículos automotores na América Latina.
A preocupação dos engenheiros não é apenas com as emissões de gases nocivos pelo escapamento dos veículos, mas em todo o processo de produção, desde a exploração dos minérios, o processo de produção dos materiais, dos veículos e o uso do carro pelo consumidor, e, ainda, o descarte final do produto, que, se não houver um destino correto, causa um tremendo impacto ambiental.

“O processo de transformação é muito poluente, temos que usar energia renovável em todo o ciclo de fabricação. O carro tem cerca de 30 mil peças, a produção de cada uma delas provoca emissões. Para se ter uma ideia, para gerar uma tonelada de aço a indústria emite duas toneladas de CO2 na atmosfera”, disse Carlos Sakuramoto, diretor de Manufatura da AEA, que está fazendo um estudo sobre o impacto da produção em toda a cadeia. Ele acredita que o Brasil tem condições de se revelar um país onde o processo produtivo é um dos mais sustentáveis do planeta. A expectativa é de que as emissões de carbono sejam neutralizadas até 2050.