– Vendas caem de 199 mil para 36 mil unidades e arrecadação de impostos de R$ 6,5 bilhões para R$ 1,2 bilhão
O balanço negativo dos importadores de veículos em 2016 é apenas mais um nos últimos cinco anos, período em que o setor sofreu uma deterioração irreparável.
O argumento do governo para discriminar os importadores é de que é preciso defender os fabricantes nacionais, que geram empregos. É verdade. Por isso é que existe a taxa de importação, que no caso de automóveis é de 35%.
Mas a pressão das montadoras fez o governo aplicar uma tarifa adicional aos importados, um IPI Especial de 30%.
Os números revelam o impacto que essa medida causou no setor.
No auge das vendas, em 2011, havia 22 marcas, 850 concessionárias e o setor vendeu 199 mil carro, empregando 35 mil pessoas.
Hoje, com apenas 36 mil carros vendidos, o número de concessionárias caiu pela metade: 450. O número de empregados caiu 62%, tem agora apenas 13,5 mil.
Sobrou para o governo: a arrecadação de impostos, que foi de R$ 6,5 bilhões em 2011, caiu para R$ 1,2 bilhão.
A Kia, marca importada mais vendida, vendia, há seis anos, 77 mil carros e hoje não passa de 10,4 mil. Ainda assim, se mantém como a mais vendida no País.
A Abeifa, associação de importadores e fabricantes de veículos, reúne atualmente 18 marcas, tendo perdido algumas que passaram a ter fábrica no Brasil, como a Mercedes-Benz, a Land Rover. Jeep e BMW, e outras que deixaram de atuar no Brasil, caso da Sangyoung, Hafei, Efa Motors e CN Auto.