A aprovação da redução da velocidade nas ruas de São Paulo pela maioria da população reflete a compreensão sobre a necessidade de reduzir os acidentes e as mortes no trânsito. Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (22) indica que 51% dos paulistanos aprovam a redução da velocidade e também as ciclovias e ciclofaixas.
A redução da velocidade vem atender uma recomendação da ONU nesta que é a Década da Segurança de Trânsito e está em conformidade com outros grandes centros urbanos, onde a máxima é de 50 km/h.
Nova York traçou recentemente como meta reduzir a zero as mortes no trânsito nos próximos dez anos e, para isso, baixou a velocidade máxima na cidade para 25 milhas, ou 40km/h, 8 km a menos que a máxima anterior.
Parece pouco, mas esses 8 km a menos significam que, se o pedestre for atingido por um carro, o risco de vida cairá pela metade, segundo Órgãos de Segurança do trânsito.
No ano passado, morreram no trânsito de Nova York 178 pessoas. Em São Paulo, 514. É verdade que São Paulo tem 12 milhões de habitantes, muito mais que Nova York (8,5 milhões), mas, ainda assim, o número de mortes aqui é proporcionalmente maior.
Por isso não adianta chiar: mortes no trânsito são evitáveis. Se o preço a pagar para salvar vidas é andar mais devagar, vamos fazê-lo.
Felizmente, as cidades brasileiras, que foram construídas somente para o carro, estão cada vez mais sendo oferecidas também a outros modais e aos pedestres, o que as deixará mais amigáveis, mais agradáveis e menos violentas. Mas para isso é preciso mudar o comportamento dos automobilistas.
Além da redução da velocidade e a implantação de ciclovias e ciclofaixas, outra vitrine da gestão Fernando Hadadd foi amplamente aprovada pela população na pesquisa, que foi encomendada pelo SetSesp – Sindicato das Transportadoras de Carga de São Paulo, a faixa (quase) exclusiva de ônibus: 92% dos entrevistados concordaram com a medida. O ônibus foi citado por 51% dos entrevistados como o meio de transporte mais utilizado para se locomover pela cidade. Em segundo está o carro (24%), seguido pelo metrô (13%), trem (4%) motocicleta (2%) bicicleta e táxi (1%).