– Andamos no carro feito em Piracicaba, e que deve aumentar as vendas da Hyundai em três mil unidades/mês.
Há menos de cinco anos, em 2012, o segmento de utilitários esportivos no Brasil tinha 7,6% do mercado e apenas dois carros disputavam a preferência do consumidor: Ecosport e Duster, além de alguns importados em pequenos nichos de mercado num patamar superior de preço. Naquele ano, o Brasil atingia seu auge em vendas, com o recorde de 3.635.518 unidades.
Como se sabe, de lá para cá o mercado só fez cair, devendo fechar 2016 com menos de dois milhões de unidades. Mas a despeito da crise, o segmento de utilitários esportivos foi avançando, avançando a tal ponto que mais do que dobrou a participação no período: o segmento deve fechar 2016 com 16% das vendas, um aumento de nada menos que 12 pontos percentuais e já é o segundo segmento mais importante do País, atrás apenas do hatch, representando um volume de 300 mil carros por ano.
Diante do fenômeno, claro que nenhuma marca que queira avançar no mercado brasileiro pode prescindir de ter um modelo da categoria. E assim foi feito: chegaram o Honda HR-V, Jeep Renegade, Peugeot 2008, Nissan Kicks e agora a Hyundai Motors Brasil entra na briga no sub-segmento que mais cresce (passou de 38% para 68% de participação dentro da categoria) com o Creta, que completa a grande família de utilitários esportivos da marca, que inclui o Tucson, o Ix35, o Novo Tucson e o Santa Fé.
O Creta só começa a ser vendido em janeiro, mas nós aceleramos o terceiro carro da marca coreana fabricado em Piracicaba, aqui na ilha de Florianópolis, num test drive que incluiu alta velocidade em rodovia e trajetos urbanos. A versão Prestige 2.0 automática avaliada tem motor de sobra; é para acelerar à vontade, com um ótimo torque, com boa retomada de velocidade mesmo em alta e nas subidas.
A versão avaliada é a mais cara da gama: será vendida por R$ 99.490,00, ou seja, passa dos R$ 100 mil incluindo a pintura metálica. A Hyundai acredita que o Creta está bem posicionado em relação aos concorrentes e espera vender três mil unidades mensais no ano que vem, sendo que a maior parte será da versão com motor 2.0 e a grande maioria, 85%, com câmbio automático.
A outra versão 2.0, a Pulse, custa R$ 92.490,00 e a Pulse 1.6 sai por R$ 85.240,00. Além dessas, a fábrica oferece duas opções com câmbio manual: a Pulse 1.6, por R$ 78.290,00 e a Atitude 1.6, por R$ 72.990,00, além da versão destinada a portadores de necessidades especiais, uma 1.6 automática mais barata, por R$ 69.990,00. Isso mesmo: além da renúncia fiscal do governo para deficientes físicos, a Hyundai vai vender pra eles (e só pra eles) a preço mais barato.
Fabricado também na Rússia e na Índia, o Creta brasileiro teve algumas mudanças no desenho, ganhou uma grade dianteira maior, dando um aspecto mais robusto e um interior mais requintado, com cores claras no painel e nos bancos, sendo utilizado o couro marrom.
O carro tem ar condicionado digital com saída para a parte traseira, ventilação do banco do motorista no acento e no encosto com três níveis de intensidade e outros itens que elevam o patamar do carro, como o sistema anda e para, que desliga o motor na parada nos farois, reduzindo o consumo e as emissões e vem de série com controle de tração e controle de estabilidade