Aumento expressivo (10%) é resultado da preocupação com a manutenção
Após forte queda nem 2020, com a chegada da pandemia do coronavírus, as vendas de lubrificantes cresceram no mercado de reposição, na ordem de 10% em 2021 sobre o ano anterior, conforme dados da Associação Nacional do Petróleo, a ANP, um índice bastante expressivo, já que a variação no consumo desse tipo de produto costuma ser modesta.
Acredita-se que esse crescimento atípico esteja relacionado à busca de maior manutenção, provocada pelo adiamento da compra em função dos altos preços dos carros usados: estudos preliminares feitos pela Autoinforme para a certificação dos modelos para o Selo Maior Valor de Revenda revelam que os carros usados estão tendo valorizações expressivas este ano, que em alguns casos chegam a 30% e 40%. Essa situação tem levado muitos consumidores a adiar a compra e a investir na manutenção do seu carro.
Para Lucas Fiuza, executivo da Tamco, o comportamento das vendas de lubrificantes sempre esteve alinhado ao desempenho da economia do país, daí a sua surpresa em relação ao momento que vive o setor:
“É curioso que nesse momento da pandemia, mesmo com as dificuldades econômicas que todos temos visto, alto desemprego e dificuldades com a inflação, esse mercado tem se aquecido”, disse o executivo, confirmando que o brasileiro está optando em investir na manutenção do carro atual, até que os preços para adquirir um carro novo volte aos patamares de valores iguais aos antes da pandemia.
Segundo a Fenauto, que reúne as associações de revendedores de veículos, a venda de carros usados teve queda de 21,2% este ano e o segmento que menos caiu foi o dos modelos mais velhos, monde o preço é mais convidativo para o consumidor nesses tempos de crise.