Edifícios precisam estar preparados para a demanda que vem aí

O grande problema do carro elétrico é a falta de infraestrutura para carregamento nas cidades brasileiras, mas quase todos os veículos eletrificados vendidos no Brasil, podem ser c arregrados, mesmo que de forma lenta, em tomadas comuns, de 220 volts.

Então, problema resolvido?

Nem tanto, porque numa cidade como São Paulo, onde grande parte da população mora em condomínio, o carregamento do carro elétrico ainda é um problema sério.

Para Ricardo David, da Elev, empresa que traz soluções para a eletromobilidade, não basta conectar o carro na tomada, como muitos pensam, principalmente quando consideramos a voltagem e o valor da eletricidade. “Para o carro elétrico ser carregado nos condomínios, o debate deve envolver todos os moradores”, diz o executivo.

Para ele, esse debate tem que ser feito pensando na demanda atual e na demanda futura, já que para atender os proprietários dos veículos elétricos, é necessário uma análise técnica dos condomínios, com o objetivo de instalar carregadores segundo a sua demanda.

“Você pode ter carregadores privados ou prestar o serviço de carregamento de forma coletiva. Atualmente os carregadores mais modernos, além da segurança e do baixo custo de manutenção, também apresentam estatísticas de uso, que podem ser ferramentas úteis no compartilhamento”, afirmou.

É o mesmo conceito aplicado em outras áreas comuns, como quadras esportivas e piscinas, em que há um controle de horas, por meio de cronogramas de uso, em que o proprietário do veículo poderá ter a segurança de carregar seu veículo em casa, e utilizar o carregador para controlar o tempo usado e pagar pelo que ele consumiu.

“É claro que é necessário um estudo para cada caso. Mas atualmente sabemos que há essa demanda em grandes centros urbanos, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, onde os condomínios discutem o tema e novos empreendimentos já colocam o carregador de carros elétricos como um diferencial na hora da venda de um novo imóvel”, disse Ricardo, avaliando que, se as projeções se realizarem, cerca de 5% das vagas do condomínio devem ser voltadas para os eletrificados, mas é necessário um estudo técnico de toda a localidade.

A Elev Mobility disponibiliza em seu site uma cartilha que dá respostas para os principais questionamentos dos consumidores.